MARLEI MEDIANEIRA LOPES CORRÊA
Filha do ferroviário Ary Lopes e da dona de casa Josephina Forgiarini Lopes, Marlei Medianeira Lopes Corrêa nasceu e cresceu em Santa Maria. Ao lado dos irmãos Elony, Vanda, Paulo e Ozones, teve uma infância simples, mas repleta de momentos em família e com lembranças de viagens, especialmente de trem. De fato, Marlei sempre foi apaixonada pelo desconhecido e por conta disso, durante a adolescência, conheceu diversas cidades. Entretanto, Santa Maria sempre foi seu lugar favorito. Após retornar de uma dessas viagens e entrar na Escola Estadual Coronel Pilar, conheceu Marcos. Desta união de quase 38 anos, vieram os filhos Tiago e Tiele, e mais tarde, a neta Luiza.
Hoje, aposentado, o Bombeiro Militar Estadual Marcos Carneiro Corrêa, 58 anos, descreve a esposa com uma pessoa especial e disposta a tudo pela família:
- A Marlei sempre foi uma pessoa doce, leal, companheira, amiga, conciliadora e muito parceira. Para ela, manter a família unida era uma missão a ser cumprida. E por isso, não economizava na ternura, carinho e amor no encontro com os irmãos e parentes.
Nas horas vagas, Marlei gostava de assistir programas de reformas de ambientes e de culinária. Inclusive, quando alguma receita lhe agradava, reunia a família e colocava fazia a tal receita. Mas, no fundo, tratava-se de um pretexto para estar próxima das pessoas que amava.
Para Tiele Lopes Corrêa, 32 anos, que prefere se lembrar da mãe em momento de gargalhada e abraços apertados, ficam os ensinamentos de respeito ao próximo, de empatia e de que é preciso lutar até o fim pela felicidade.
- Minha mãe lutou bravamente na UTI e manteve a fé até o fim, porque era devota de Nossa Senhora Medianeira, de quem tinha orgulho de ter o mesmo nome. Ela foi uma guerreira - afirma a filha, emocionada.
Marlei Medianeira Lopes Corrêa morreu no dia 11 de março de 2021, aos 57 anos, devido a complicações da Covid-19. A funcionária pública municipal foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Santa Rita de Cássia.
GETÚLIO ARY DE MOURA FERRAZ
Filho do ferroviário, Salvador Alves Ferraz e da dona de casa, Almerinda de Moura, Getúlio Ary de Moura Ferraz nasceu em Santa Maria. Passou a infância, adolescência e a vida adulta morando no Bairro Chácara das Flores. Por vocação, tornou-se padeiro. Era conhecido por todos no bairro e admirado pelos seus.
Apaixonado pela natureza e por viajar, Ferraz estava sempre pronto para uma aventura. Especialmente, se envolvesse a família. Como patriarca, fazia todo o possível para estar próximo dos filhos Gerusa, Débora, Luciano e Bruno, dos netos Giane, Juliano, Bethina, Isac e Enzo, e agora, do bisneto Murilo.
Segundo o agente de aeroporto, Luciano Ferraz, 42 anos, a vida do pai era guiada pelo amor a família, a caridade e a honestidade. Mas acima de tudo, por seu amor a Deus.
Quem conhecia Ferraz, sabia que a igreja era um segundo lar. E que atuar como missionário evangélico na região norte de Santa Maria lhe trazia uma satisfação imensa. O pastor Bruno Ferraz, 29 anos, argumenta que antes de se tornar um servo de Deus, Getúlio já o acompanhava nos cultos.
-O pai sempre me acompanhou e trabalhou junto comigo. Gostava muito de fazer isso. E fica a lembrança de uma pessoa de bom coração, de um homem de caráter - comenta o filho, em poucas palavras.
Foi na igreja que Ferraz conheceu sua esposa, Solange Campanholo, com quem mantinha uma relação de respeito e companheirismo há mais de dois anos.
Getúlio Ary de Moura Ferraz morreu em 13 de março de 2021, aos 69 anos, devido a uma parada cardíaca. O padeiro aposentado foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico.